sábado, 23 de fevereiro de 2013

“...apartando-se do caminho para ver o corpo do leão morto, eis que nele havia um enxame de abelhas com mel." Juízes 14 8

 
 

É na comunhão de uns com os outros que nos é revelado grandes palavras, eu sempre lia a passagem do enigma de Sansão e não conseguia compreender o sentido de alguns mistérios. Mas através da comunhão com irmãos entendi enfim algo precioso aos meus olhos e ao meu coração.

“...apartando-se do caminho para ver o corpo do leão morto, eis que nele havia um enxame de abelhas com mel. E tomou-o em suas mãos, e foi andando e comendo dele; e foi a seu pai e a sua mãe, e deu-lhes do mel, e comeram; porém não lhes deu a saber que tomara o mel do corpo do leão.” Juízes 14:8-9

Sansão havia matado um leão, e ao voltar no mesmo lugar onde se encontrava o leão morto, percebeu que dentro havia um enxame de abelhas com mel. A partir disso Sansão lançou um desafio para seus convidados em um banquete, um enigma:

“Então lhes disse: Do comedor saiu comida, e do forte saiu doçura. E em três dias não puderam decifrar o enigma.” Juízes 14:14

O Espírito Santo de Deus quando cuidamos em examinar as Escrituras nos assiste, nos orienta, e nos faz companhia, pois no dá o entendimento das profundidades tanto da sabedoria, como do conhecimento. Então numa inspiração e visitação entendi que:

Os servos tem que morrer, precisamos morrer para que Cristo a doçura seja abundante em nós. A doçura da Presença Dele, da Palavra Dele, da sabedoria, do conhecimento Dele estejam no nosso íntimo.

Precisamos morrer para viver Cristo, para servir a Cristo e levar doçura ás vidas tão amargas.

O enigma, motivo de um desafio de um Nazireu em um banquete, nos diz até os dias de hoje que um servo morto para o mundo, para seus desejos, permite que o Espírito Santo como abelhas operárias venha produzir o mel que escorre da Rocha que é o Senhor. Quanto mais mortos para nossos desejos, mais vivos vamos estar em doçura e sabedoria.

O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino.” Provérbios 16:21

Os leões mortos, mas que dentro tem uma colmeia com o mel que escorre da rocha, servindo o Leão que vive e reina para sempre!

É na doçura do mel do amor de Deus que aumentamos o ensino, a instrução. É com essa doçura que as admoestações são mais eficazes, e as pregações ganham vidas para o reino. Do comedor saiu comida, do leão feroz, sanguinário que seu instinto seria matar, saiu doçura, comida e vida. Só Ele pode transformar pessoas e fazer com que a nossa natureza selvagem seja domada por um leão mais forte ainda.  

Falar dos feitos do Senhor, contar os testemunhos, falar que ouve a voz de Deus e sua direção não tira a responsabilidade de dizermos que é preciso ler, conhecer, devorar a Palavra de Deus; pois é nelas que cuidamos ter palavras de vida eterna e que testificam de Jesus. E o Espírito Santo é que nos instrui nessa Palavra, nos coloca fome por ela. A palavra faz com que a vida fique doce, as atitudes abrandem. A sabedoria  como mel clareia os intentos do coração, clareia os olhos, a mente e o caminho.

Devemos saber que testemunhar as experiências com Deus é apenas ser sal e luz na terra. Mas devemos mesmo ser leões mortos para nossos intentos e desejar conhecer a fundo as escrituras, manejar bem a palavra, fazer como guerreiros bem treinados que manejam bem a espada e dão o golpe certeiro numa distração do oponente, e assim matá-lo com a espada da Palavra e dá-lo vida no caminho, com a Verdade. Um leão morto fazendo com que morra mais leões e que o Espírito como abelhas operárias produzam mais mel no íntimo desses leões. E só Ele pode fazer tal transformação!

“... e o fartaria com o mel saído da rocha.” Salmos 81:16

         Mesmo que em alguns momentos comer o Livro da Vida Eterna á nossa boca fique doce, e viver essas Palavras seja amargo no ventre, amargando nossas entranhas negando nosso ego, nossa carne, nos humilhando, sendo ultrajados. Vai chegar um tempo em que morta essa carne, morto o leão, chegue o tempo da produção de mel, da doçura.

“E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo.” Apocalipse 10:10

         E mesmo num paradoxo, numa prisão amarga, num luto, num deserto, eu possa lhe dizer do mel que adoça os momentos de adversidades e nos faça prosseguir para um tempo em que:

“Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem.
Pomba minha, que andas pelas fendas das penhas, no oculto das ladeiras, mostra-me a tua face, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce...” Cânticos 2:12-14

Ora Vem!

Um comentário: