“Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que
era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.” Apocalipse
1:8
Há quem diga que Deus é um Deus que vive nos céus, muito afastado e longe
da sua criação, que o que tinha que falar deixou em sua Palavra e que hoje não
opera no nosso meio, isso com certeza é opinião de quem ainda não teve
experiências com Ele, que ainda não O ouviu em sua grandeza falar com o homem.
Ele é o Criador de todas as coisas, tem tudo em seu controle e domínio, foi
o princípio e será o fim.
Mas os que tem intimidade e experiências com o Senhor, sabem que Ele é Deus
de longe, mas também é Deus de perto.
“Porventura sou eu Deus de perto, diz o SENHOR, e não também Deus de longe?” Jeremias 23:23
Há quem diga que crer em Deus é se alienar a um estado de ignorância, é se
enquadrar a um padrão estabelecido de manipulação das massas, mas pra quem O
conhece de perto; sabe que na verdade aqueles que o buscam e que crêem como uma
criança, de coração simples, sem medo de ser feliz e sem medo da opinião de outrem;
esses sabem que tornou Deus louca essa sabedoria do mundo. Para os “intelectuais”
cépticos isso é viver no senso comum, porque passa a ser algo infame crer nessas
historinhas de concepção de uma virgem, morte e ressureição, demônios, e céu e
inferno. Para os que são crentes, salvos, e que tem intimidade e ouvem sua voz
isso é poder de Deus. Pois como poderia Deus pegar os soberbos em sua soberba?
Pois como poderia Deus pegar os arrogantes? Se não fosse em algo que eles
pensariam ser ridículo?
Quando Naamã , capitão do exército da Síria, ouviu falar de um profeta que
curava foi em busca da sua cura, ao chegar em Israel, o profeta nem se deu o trabalho
de recebê-lo ou sequer olhar em seus olhos; mandou recado com seu mensageiro,
disse que se lavasse no rio Jordão por sete vezes. Pelo muito que foi simples e
até mesmo patético a forma como Eliseu deu suas ordens, o capitão nem deu
créditos, achou que porventura Eliseu estenderia tapetes para o capitão do
exército, faria um ritual cheio de rigor ascético, se colocaria em roupas e
adornos de ouro, faria uma oração em pé, e assim desceria poder , fogo e glória
e o curaria. Como foi algo tão simplório, mergulhar no rio Jordão, esse rio de águas
provavelmente turvas, ele realmente se recusou e saiu indignado. Ainda teve a
arrogância de comparar as águas de Israel, com
as águas de Damasco, disse que os rios Abana e Farpar teriam águas muito melhores que todas as águas de
Israel.
Quantas vezes nós mesmos não somos presunçosos em pensar que nosso
pensamento, nosso ponto de vista e nossas impressões são melhores do que as do
Senhor Jesus?
O que Naamã não sabia é que em Israel havia um rio cujas correntes saem do
trono de Deus, essas águas são vivas, e que por onde essas águas passarem tudo
podem transformar. Essas águas fluem do interior daqueles que buscam saciar
mais e mais sua sede.
“Porém, Naamã muito se indignou, e se foi, dizendo: Eis que eu dizia
comigo: Certamente ele sairá, por-se-á em pé, invocará o nome do SENHOR seu
Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso.
Não são porventura Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas
as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles, e ficar purificado? E voltou-se,
e se foi com indignação.” 2 Reis 5:11-12
Eliseu era um homem que buscava manter sempre abundantes essas águas no seu
interior, quando um homem e uma mulher tem dessas águas abundantes em si, não
vêem como vê o mundo, não sentem como sente o mundo e por isso ele não daria
honra a quem ele não consideraria digno de honras, somente pelo poder e
dinheiro daquele capitão. E se não fosse os servos de Naamã para persuadí-lo a
pensar que, se fosse algo demasiado difícil que ele prontamente o faria, mas
como foi algo simples, ele se encontrava indignado.
Assim Naamã mais do que ser curado aprendeu uma lição, e esta talvez tenha
sido uma das mais importantes, mais importantes do que todas as lições de
estratégias de guerra que o capitão poderia ter aprendido em sua vida. Aprendeu
que Deus é um Deus de coisas simples, Ele faz tornar louca a sabedoria do mundo,
faz ser, as coisas que não são, e usa as desprezíveis, as vis para confundir as
consideradas sábias. Essa é a loucura mais sábia, e a fraqueza mais forte.
Portanto aqueles que são canais dessas águas abundantes e vivas, sabem
muito bem que Deus é Deus de novidade de vida, e novidade de Espírito, ou seja,
Ele é novidade de In(spira)ção, Ele é o princípio e o fim, o Alfa e o ômega. E se Ele é o fim de todas as coisas, Ele está á frente de qualquer
tecnologia, de qualquer ciência, ou á frente de qualquer solução de problemas
emocionais, de qualquer solução de problemas conjugais.
O Leão da tribo de Judá derrama sobre seus servos e filhos, a unção de
fortaleza, a unção de leão, e os fazem rugir no mundo espiritual contra todo
império das trevas, rugir mais dos que os tumultos das águas, rugir mais do que
os tumultos dos leões das dívidas, mais que os leões das línguas de áspides.
“Mas o SENHOR nas alturas é mais poderoso do que o ruído das grandes águas
e do que as grandes ondas do mar.” Salmos
93:4
Essa unção é derramada em todas as áreas da vida dos que a buscam, na área
profissional, na área familiar, fazendo com que o homem tenha autoridade diante
da família, amigos e sociedade e até na área conjugal. O leão tem
características próprias que o fazem ser o rei das selvas.
“O leão, o mais forte entre os animais, que não foge de nada;” Provérbios 30:30
Ele anda em bando protegendo os mais fracos, ele é forte, destemido, é
fiel, e quando sai em busca de uma presa, não torna atrás por nada.
O leão também com sua fêmea, é um misto de selvagem e doce, selvagem para
ir em busca dos seus objetivos e doce e terno junto dos que o amam.
E assim eu vos pergunto:
- Pode Deus tirar doçura de um selvagem?
“E tomou-o nas suas mãos, e foi andando e comendo dele; e foi a seu pai e a
sua mãe, e deu-lhes do mel, e comeram; porém não lhes deu a saber que tomara o
mel do corpo do leão.” Juízes 14:9