quarta-feira, 13 de julho de 2022

O amor mais ciumento que a morte...



                                                          (Foto: Paulo Cunha / Lusa) 


Engana-se quem pensa que a morte é a separação da carne. Para Deus, que não vê como o homem, isso não é o fim. Mas o começo. A morte que devemos temer, é a morte da alma e do espírito do homem. A morte espiritual é uma condição em que o homem, chega a não mais se importar com sua consciência, nem com o que ele faz de condenável. Talvez a figura mais ilustrativa disso, seria a atitude de Caim, quando se afastou de Deus, após matar seu irmão, e ainda foi arrogante quando questionado sobre o paradeiro do irmão.

Não podemos apontar o dedo injurioso, nem julgar os atos de ninguém, mas a própria pessoa deve refletir nas suas atitudes como homem, mulher, irmão, filho, filha, amigo, funcionário, enfim, todos os papéis que exercemos na sociedade. Não é também usar máscaras fingindo ser, o que não é, como gabarolas e discurso moralista. Mas uma autêntica reflexão, mirando-se no espelho da alma, á luz das emoções, dos atos. E deixando-se convencer de suas atitudes menos boas, e prosseguindo para as melhores e mais evoluídas. Um coração contrito e sincero fica irresistível ao amor de Deus. Pessoas que anelam com o amor de Deus ficam escondidas, sob á sombra do Onipotente, e Ele entra no fogo, nas águas, fumega e estremece montes, pois há um amor mais ciumento que a morte. E esse amor já provou isso, pois entrou no fogo , na fornalha, já abriu o mar, já passou como vento, terremoto e brisa suave. A única maneira do ser humano não ser salvo e resgatado por esse amor, é quando o próprio ser humano, por causa da sua autoestima, resiste a esse amor. Somente quem não tem amor próprio resiste a tamanha extravagância, ouça a voz do Espírito e deixe-se levar por esse amor. A figura mais marcante desse amor mais ciumento que a morte, é a de Jesus quando se entregou por nós. E até no último momento político da época, em que Pilatos questionou quem deveria ser solto, a multidão gritava o nome daquele salteador, ladrão, bem conhecido pelos seus atos criminosos. Barrabás deveria ser solto, e Jesus entregue a morte, a morte de um justo, justificando um salteador e trapaceiro. A dívida de Barrabás desde aquele momento foi paga, suas maldições retiradas de sobre si, e ele foi liberto. Novidade de vida, novidade de espírito, assim Ele faz, assim Ele é. E nesse momento Ele diz: - Aquele que quiser vir após mim, segue-me… Seja livre…

quarta-feira, 6 de julho de 2022

 



Há momentos em que andamos distraídos com as ocupações da vida, outras um bocado frios pelas circunstâncias que são várias. No entanto, uma coisa ou outra, nos distanciam da adoração. Algo imprescindível para nos mantermos vivos, renovados, e ligados no propósito.

Adoração nada mais é, do que ter zelo extravagante pela boa, perfeita e agradável, vontade de Deus. É obedecer a todo e qualquer custo. Aprendermos a ser frios para nossos desejos, e exclusivos para o que vem do alto. É ter junto de ti, algumas pedrinhas como pó de areia a incomodar, a arranhar. Calcário, minerais, nos veios e recônditos das nossas cavernas emocionais, detetadas ali, fazendo-nos desconfortáveis;  em sinal de alerta, de que algo está invadindo nosso egoísmo e comodismo, para nos fazer preciosos.

Não é algo fácil, nem que possa ser realizado de maneira a fingir dedicação. É uma luta diária, a esmurrar o desejo próprio, não de maneira alienada, mas de maneira inteligente e sábia, tendo a certeza de escolher coisas mais excelentes. É pulsão de vida, é infringir a lei do livre-arbítrio, sabendo que ela está lá, mas abdicando dela, tornando meu ego como escória, e refugo, e optando em obter a excelência do conhecimento e da sabedoria. É preciso ter coragem, força;  a senhora fraqueza não ousaria tamanho empenho.

Um mistério que ao homem natural, distraído, parece loucura; mas para os que estão dentro desse turbilhão de ventos soprantes, chamas fumegantes, é poder de Deus. Não ouse senhora incerteza, falta de fé, não ouse conhecer, o sublime mistério da ousadia. 

Então mãos á obra, apenas entre para seu quarto, feche a porta, comece a adorar, mesmo que no início haja apenas silêncio e cansaço. Apenas comece, adore,
e terá em cada fase da vida, uma pedra, com um novo nome. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.”    Apocalipse 2:17