quinta-feira, 16 de julho de 2015

"E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas..." Mateus 14:29



Pedro quando viu que Jesus dizia ser Ele, e não um fantasma, naquela noite de vento muito forte fez prova de Jesus dizendo que se fosse Ele  mesmo, que o fizesse ter com Ele, e disse Jesus: Vem! E Pedro andou sobre as águas!
Naquele momento o vem de Jesus não foi um vem para Pedro ser humilhado, não foi um vem para morrer no tumulto das ondas e vagas, e muito menos foi um vem, para acusar a Pedro do quão ele é fraco, pobre e nu.
Mas o vem de Jesus é o mesmo vem do noivo com sua noiva (igreja), esse vem que libera uma palavra profética sobre a vida daquele que ama a Jesus, uma palavra que libera uma autorização para andar sobre as águas; e se porventura a carne, e a pequena fé insistir em nos afogar, esse vem, libera um convite para mergulhar em águas mais profundas, que nos ensina que sem Ele nada podemos fazer.
E nos faz deparar com o espelho das águas do mais profundo íntimo, ver que somos pó, e que é mister que nos diminuamos, e que o Senhor das muitas águas tome o controle! Esse espelho fez com que Pedro contemplasse suas cavernas tenebrosas, suas falhas, e ao se deparar com seus defeitos, e consequentemente bater o arrependimento, ele pôde contemplar ao mesmo tempo o socorro bem presente. Esse momento na vida de Pedro embora tenha sido um momento nada fácil, pois ele teria que se deparar com sua condição humana, frágil e que nada pode; ao mesmo tempo quanto mais Pedro se diminuiu de sua condição de humano, e precisou clamar por Jesus, ele se encheu do Espírito de vida! E com esse Espírito de vida, Pedro teve condições de visitar a morada do Leviatã – monstro marinho, o responsável por tumultuar, com ondas bravias e espumejantes as nossas tempestades da vida, nossos momentos de desesperos, “afogamento” em problemas, esse leviatã que faz com que inquietos corações pensem que aquela dificuldade é maior do que sua própria existência, que não há solução que possa pôr fim no sufoco.
Pedro ali ao afundar nas muitas águas pôde conhecer que quando somos fracos, aí somos fortes. Pôde conhecer que não há impossíveis para Jesus, que nos faz andar sobre as águas, nos faz atravessar o mar por pés secos e nos mostra que embora o momento pareça um caos, nos toma pela mão, e nos coloca de pé, coloca nossos pés no barco e ainda acalma o vento!     E mais tarde essa experiência de Pedro o permitiu também que pudesse ver o outro com um olhar de amor, sabendo que as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos.
E assim diz o Espírito: Coloca-te de pé, cinja seus lombos com força e falarei contigo!

 "...estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária;" Lucas 10:41

domingo, 12 de julho de 2015



Quando usamos a palavra de Deus como referência para nossa vida ela é uma espada que a cada vez mais que é usada, ela mata a carne e vivifica o espírito do homem. A palavra de Deus faz o papel de um espelho, que quando nos deparamos com ele, nos mostra nossas imperfeições, onde precisamos fazer retoques. O homem que está disposto a ser transformado, a partir daí então, entra para dentro do seu quarto, e ora em secreto, e o pai que vê em secreto vai transformando-o de glória em glória. Esse homem contempla o Vau de Jaboque, luta com Deus para ser abençoado, pode até ser ferido na articulação de sua coxa, para que manquejando ele jamais esqueça quem é o Senhor.
 Isso tudo no seu quarto, com a porta fechada, no silêncio de sua dor. Assim no nosso silêncio, na nossa boa e perfeita transformação, desejada e executada pelo Espírito Santo, damos testemunhos daquele que é o mesmo, ontem, hoje e sempre. 
Com essa transformação em nossas vidas, quebra de maldições, no silêncio, ganhamos muitas outras vidas para o reino. E também podemos através do nosso testemunho vivo e experiências reais com o Espírito Santo de Deus, caminharmos junto com o que está chegando, com o que está começando a jornada. Fazemo-nos de fracos com os fracos e alcançamos assim o alvo da soberana vocação.
Mas se ao invés de usarmos a Bíblia como instrumento de transformação, usamos como instrumento de acusação, ferindo, exigindo, sem saber que aquela vida ainda não chegou ao Vau de Jaboque, estamos negligenciando outros pontos essenciais da palavra de Deus, e o maior destes é o amor.
Uma coisa é usar a letra que mata, a lei usada pelos exatores, o chicote dos feitores de escravos exigindo competência na obra. Outra completamente diferente é orar e pedir para que o Espírito vivifique, para que o Espírito Santo esteja junto, falar como Moisés, se o Senhor não for comigo, não me faça subir desse lugar. Ou se usa a lei que mata, ou o Espírito que vivifica!
Na nossa obra, nada podemos fazer sem Ele!

"Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela." Salmos 127:1

É como a obra do oleiro, tocamos no vaso, colocamos a mão na massa, mas quem dá a forma é o Espírito Santo, o barro e o sopro, o sopro e o barro, o fôlego que vivifica, que inspira, respira, que abre a claraboia para o vaso não estourar com a fermentação da lei dos fariseus, mas respirar e inspirar com o sopro do Espírito.

 E que todos digam: Ora vem! Vem dos quatro ventos óh Espírito! Vem!

terça-feira, 28 de abril de 2015

"...e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer." Gênesis 11:6



"E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer."  Gênesis 11:6
Tive um sonho,e nesse sonho eu via um adolescente, e o Espírito de Deus falava ao meu coração: - Ele não é um ancião na fé, ele é um adolescente, não toma mais leitinho, não é mais uma criança, mas um jovem na fé. Logo percebi de quem se tratava, era a respeito de um irmão muito chegado. Mas ao mesmo tempo que o Senhor me revelava a idade espiritual desse irmão muito chegado, o Senhor me instruía a respeito do que ele deveria fazer para continuar amadurecendo no Espírito.
E meditando nisso lembrei da passagem em 1João que diz:
"... Jovens, escrevo-vos, porque vencestes o maligno..." 1 João 2:13
Os jovens na fé estão obtendo vitórias nas batalhas espirituais, mas ainda é necessário buscar mais maturidade, crescimento no Espírito. 
Deus formou o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e Ele nos chama de vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não nossa. E em várias passagens ele nos fala em amassar o vaso, e fazer outro, e é assim nossa vida na presença de Deus; um barro maleável, que sempre vai precisar do oleiro refazendo, restaurando. Um vaso de barro cheio do sopro de vida sempre será modelado por esse sopro de vida.
"...o meu cálice transborda." Salmos 23:5
A instrução espiritual para continuarmos crescendo é que precisamos então deixar de ter nossos olhos voltados para o nosso eu, ligados em nossos próprios umbigos e nossos próprios interesses, desejos, para voltarmos os nossos olhos para o outro. Ou seja, ouvir o outro, saber do interesse dele, dos seus anseios, e deixar que o Espírito te revele o coração do seu irmão, irmã, como um livro aberto. E fazer como na lição da torre de Babel, sendo eles egoístas, maus, falavam uma mesma língua, que era a língua de seus próprios interesses egocêntricos e gananciosos. 
Mas agora sendo libertos, devemos fazer como os da torre porém agora transportados do reino das trevas, para o reino do filho do seu amor, deixando o nosso ponto de vista, os nossos interesses e passando a observar o outro, seus interesses. Não olhando-o como alguém que por não ter seu conhecimento e maturidade espiritual, possa ser uma pessoa desprezível, pois isso soa como altivez de espírito, mas olhando-o com olhos de amor e misericórdia, sabendo da condição de miséria que todos nós da raça humana vivemos.
O Espírito Santo de Deus não deixou essa passagem da torre por acaso, mas nos dá uma grande lição:
"...e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer."  Gênesis 11:6
Se antes nas trevas o povo falando uma mesma língua não haveria restrição para TUDO que intentassem fazer, quanto maior glória não teríamos se na maravilhosa luz pudermos alcançar esse nível de compreensão! 
Ah mas isso é muito difícil, porque ninguém vai querer "falar a mesma língua comigo"! Então que sejamos cada um de nós que temos hoje nossos olhos abertos para essa instrução, que sejamos nós a falar a mesma língua do outro, porém pautados no temor do Senhor que é o princípio da sabedoria.
E mais uma vez o Espírito Santo nos revela uma grande lição nessa história de Babel, porque assim surgiram várias línguas, e a construção da torre foi interrompida. Mas sabemos que hoje um homem e uma mulher para falar outro idioma, ele precisa deixar sua língua materna, seus símbolos, sinais, e etc para aprender com outrem a língua de seu interesse. A pessoa não apenas aprende o idioma, mas aprende sua cultura, seus costumes e etc. E que sejamos como crianças no reino aprendendo a falar outra língua, porém sabendo que pergrinos somos nessa terra estranha, mas bem sabemos o nosso lugar, as nossas raízes, raízes estendidas por toda a terra, de uma árvore, a árvore da vida. 
O Espírito Santo nos instrui que somente a humildade, o abrir mão do ego, nos leva a continuar uma construção que nos leva alto. É abrir mão do nosso olhar, em função de um outro olhar que nos leva mais além, nos leva aos céus. É deixar um pouco de lado o nosso ego, esvaziarmos de nós para tomarmos menos espaço, e dar espaço para a voz do outro. Senão como numa brincadeira de criança chamada cabo de guerra, puxamos de um lado e o adversário do outro, não chegamos a lugar nenhum. E se insistirmos em puxar o "cabo de guerra" vamos continuar sendo jovens, vencendo o maligno, mas sendo derrotados pelo nosso maior desafio, nosso EGO. 
Muitos de nós quando conhecemos Jesus, uma vida em santidade, ficamos meio altivos pensando que o mundo não sabe de nada e já está condenado, as vezes usamos a bíblia para ferir e condenar o pecado do outro, e esquecemos que a bíblia é a palavra de Deus e restaura a alma, sara as feridas. 
"...A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma..." Salmos 19:7
As vezes esquecemos que não somos do mundo, mas vivemos nele, segundo o rei Salomão as regras são para os justos e os injustos, o sol nasce para os justos e para os injustos. O mal sucede para todos, tanto para justos como para os injustos. 
"Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento."  Eclesiastes 9:2
Sendo assim precisamos ir até onde o outro se encontra, respeitá-lo, amá-lo e agirmos de misericórdia, para não sermos vistos como altivos e estranhos, e assim, falando a língua do outro, dando ouvidos a ele, respeitando, podermos então ser compreendidos, e colhermos o que semeamos: respeito, dignidade e amor, e assim refletirmos a glória de Cristo em nós. Não como Babel que queria refletir sua própria glória, mas como vasos de barro contendo um tesouro, que é a excelência de Cristo. 
E assim refletindo a glória de Cristo ganharmos nossos irmãos e irmãs, e a partir daí, deixarmos de ser jovens na fé, para sermos pais na fé. Gerarmos vidas também que sejam vasos de barros porém trazendo em si a excelência de Cristo Jesus, a glória e o fogo, ou talvez revestidos de ouro para servir o vinho, o vinho que alegra o coração do Rei dos reis.