Quando recebemos do Senhor um chamado
e o aceitamos, passamos a ser como uma folha em branco em que o Ele vem e
escreve uma história nova, de uma nova criatura em Cristo Jesus.
“Vós sois a nossa carta, escrita em nossos
corações, conhecida e lida por todos os homens.” 2 Coríntios 3:2
Devemos
então agir segundo a vontade do Senhor, para que enfim, essa carta viva,
escrita em nossos corações possa ter uma história com início meio e fim.
Sujeitarmos á Deus, aquietarmos para ouvir Sua voz e obedecermos, não devemos
deixar de ser pecadores, porque isso ainda não temos condições de o ser, mas
devemos deixar o pecado.
“Se
dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em
nós.” 1 João 1:10
E a única maneira pela qual vamos alcançar
essa virtude é buscando mais e mais da fonte onde jorra vida e vida em
abundância.
Vou
contar uma história, baseada em fatos reais, história de uma experiência
profunda com o Espírito da verdade,que esses dias um servo e uma serva tiveram.
Vou aqui colocar nomes fictícios para preservar a identidade dos irmãos. Eles
são um casal que está esperando o tempo do Senhor pra se unirem, porque já
viveram muitas coisas nessa vida e chegaram á uma conclusão: eles necessitam do
Senhor para orientá-los e firmá-los no caminho e na vontade boa, perfeita e
agradável.Eles já tem experiências suficientes e intimidade para saber que o
Senhor quando está no meio de um casal, se relacionando com eles em amor,o
Senhor é muito fiel, bom e não deixa os seus servos confundidos e nem
enganados.
“E,
se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três
dobras não se quebra tão depressa.” Eclesiastes 4:12
Eles são pessoas íntimas do Senhor e sentem O
seu agir , vêem o Seu agir e esperam e confiam nEle. Vou colocar o nome da moça
como Mel e o nome do moço como Pedro, e a história começa mais ou menos assim:
Mel
começou a perceber em suas orações que havia algo tentando interferir no seu
relacionamento, no seu noivado;e começou a questionar a Pedro, ela tinha sonhos
perturbadores á noite, e numa dessas noites disse ao noivo:
- Eu tenho certeza que tem algo e você não
quer me dizer! E nessa certeza foi pressionando até que o moço contou á ela que
houve um dia em que ele foi almoçar na casa de uma amiga/irmã e não contou pra
ela porque achou que isso não teria importância, mas diante da insistência de
que havia algo interferindo ele então orou e resolveu contar á noiva sobre o
almoço.
Mas
mesmo com a confissão, e mesmo sabendo que o Senhor havia mostrado que ele
correu riscos de “morte” ela ainda não teve paz, continuou com a sensação de
que ainda tinha algo pra ser falado, ou seja, havia algo pra ser colocado na
luz, pois é de extrema importância colocarmos tudo das nossas vidas na luz,
confessado, declarado; pois aquilo que não podemos confessar entre amigos
íntimos, então não é luz, e está nas trevas. E quem age nas trevas é o inimigo
das nossas almas. E ele precisa apenas de uma brechinha pra destruir a beleza,
o esplendor e o brilho do amor, vida e obras de Deus.
Depois
de tudo que Pedro considerando ser importante disse pra moça, até que já não
houvesse mais nada a ser colocado na luz, ela muito sensível ainda, continuou
com a sensação de que havia algo tentando ofuscar o amor, brilho e glória do
Senhor na vida deles.
Mas
numa das conversas, na tentativa de perceber onde estava a interferência,
orando e esperando a revelação do Senhor, o Espírito Santo da verdade disse á
ela:
-Você também tem algo á confessar!
E para sua surpresa, ela pensando que só Pedro tinha algo pra dizer, finalmente percebeu que também tinha algo pra contar e esse algo era exatamente o que mais estava ofuscando o relacionamento deles, pois havia algo em trevas, e precisava vir pra luz. Ela então lembrou que um ex namorado de dois anos atrás, foi á sua casa, tentou de todas as maneiras reatar seu compromisso com ela, e a pegou á força, tentou beijá-la e refazer uma aliança que já tinha sido desfeita.
-Você também tem algo á confessar!
E para sua surpresa, ela pensando que só Pedro tinha algo pra dizer, finalmente percebeu que também tinha algo pra contar e esse algo era exatamente o que mais estava ofuscando o relacionamento deles, pois havia algo em trevas, e precisava vir pra luz. Ela então lembrou que um ex namorado de dois anos atrás, foi á sua casa, tentou de todas as maneiras reatar seu compromisso com ela, e a pegou á força, tentou beijá-la e refazer uma aliança que já tinha sido desfeita.
Mel pra preservar o seu noivo, pra evitar que
ele sentisse ciúmes, não contou esse fato, de que o ex namorado tentou forçá-la
com um beijo.
Ela
percebeu que isso foi um laço do inimigo pra tentar fazer confusão no meio
deles, esfriando o amor, trazendo divisão.Ela contou algumas partes da
história, mas omitiu a parte em que o ex namorado á forçou, mesmo que sem
sucesso, pois ela já não sentia mais nada pelo seu ex. Mel fez isso por amor,
pois quis preservar quem ela ama.
No
momento então em que ela começou a contar pra Pedro sobre o que o Senhor tinha
despertado para confessar, ela sentiu sendo imprimido no seu espírito como que
uma visão daquilo que realmente aconteceu: o Senhor mostrou como que uma
lâmpada de azeite, querendo dizer que os servos obedientes são como lâmpadas de
azeite, que ao colocar o fogo, iluminam tudo ao seu redor. Mas que o inimigo
havia decretado um plano, apagar, exterminar o fogo, a luz, o azeite; fazendo
com que ao passar do tempo tudo se apagasse e tornasse cinzas, fuligem,
negritude, escuridão.
“Porque
tu acenderás a minha candeia; o SENHOR meu Deus iluminará as minhas trevas.”
Salmos 18:28
Mel
ao confessar, ao falar daquilo que evitou falar com seu noivo, sentiu no mesmo
instante, suas lâmpadas sendo lubrificadas, purificadas. Ela percebeu que eles
eram como lâmpadas no mundo espiritual, e que com o decreto do inimigo em
apagar essas lâmpadas, sendo frustrados os planos das trevas, com as confissões
e arrependimento, mesmo que fizeram para preservar a pessoa amada, ainda havia
legalidade.
Mas o Senhor no ato da confissão veio então e
limpou, tirou toda fuligem, as cinzas e colocou azeite novo, e colocou fogo e
fez brilhar novamente e incendiar, tornando esse amor do cordão de três dobras,
mais forte. E com certeza esse fogo vai contagiar outras vidas, aquecer
corações e fazer com que outras pessoas vivam nesse poder e na intensidade da
maravilhosa luz de Jesus.
Dias
depois, Mel presenciou uma cena, uma criança ao ver uma lâmpada que acabara de
chegar das compras, pegou nela, levantou a mão e disse:
- A
lâmpada fica lá no alto!
Mel
no mesmo instante se lembrou de sua experiência com Deus, percebeu também que o
Espírito Santo estava usando a criança para lembrar de um detalhe da Palavra de
Deus e respondeu:
-
Sim, com certeza! Quem é luz e anda na luz vive nas alturas!
Por isso devemos
deixar que Ele escreva nossa história, escreva decretos sobre nós e seremos
cartas vivas, escritas pelo poder do Espírito Santo, e
tendo neles as experiências gravadas á fogo em nossos corações, como se o óleo
viesse limpar nossa lâmpada e fazer brilhar e ficar mais resplandecente,
mantendo a chama viva e ardente. Chama de amor, intimidade, amizade e
cumplicidade do casal com o Espírito Santo.
Na comunhão de irmãos enamorados o óleo escorre pela orla,
cabelos, rosto e vestes. E se formos mais sedentos, insaciáveis, seremos como
panelas em que se coloca o azeite e o fogo, fazendo com que esse borbulhe, e
escorra por todos os poros, gotejando e perfumando com cheiro de amor tudo que
tocares.
A bíblia diz que nossas orações são incenso de aroma agradável
ás narinas do Senhor, então o que acontece é que o azeite é colocado nessa
panela (nosso íntimo) vai ao fogo, ao entrar em ebulição vai extraindo dos
nossos corações a Palavra, as experiências, a intimidade com Jesus, e as nossas
orações e confissões diante do Pai e escorre pelos nossos dedos, poros, como
perfume suave, cheiro de mirra, cheiro de unção.
A mirra é uma árvore espinhosa e de gosto
amargo. A palavra mirra
origina-se do hebraico maror ou murr, que significa "amargo".
Usada na antiga civilização para ungir os mortos. Uma figura do relacionamento
íntimo com o Rei dos reis, e Senhor dos senhores, porque mesmo que esse
relacionamento do noivo com sua noiva, não evite que enfrentemos espinhos,
amargura, mas acima de tudo exala perfume, e essa unção goteja pelos os nossos
poros, se derrama e perfuma nosso corpo de morte, nos fazendo então ser dignos
de entrar na presença do Rei, e esse cheiro de unção invade todo o recinto, a
sala do trono e constrange o coração daquele que está assentado no trono,
fazendo com que Ele estenda o cetro.
Esse perfume
invade ás narinas do Senhor e faz com que sejamos desejáveis na Sua presença.
“Eu me levantei
para abrir ao meu amado, e as minhas mãos gotejavam mirra, e os meus dedos
mirra com doce aroma, sobre as aldravas da fechadura.” Cânticos 5:5
Sobre as aldravas
da fechadura, a unção que abre a porta...
Assim tem que ser a igreja, fiel, verdadeira, andando na luz,
buscando o azeite para potencializar o fogo, glória e perfumar tudo por onde
passares, mesmo que ela pense em preservar o amado noivo, ela precisa andar na
verdade, e o Espírito da verdade testifica, da sua fidelidade.
Assim tem que ser cada um de nós, de coração puro e reto, diante
de Deus, buscando cada dia estar diante da sua face. Tocar o coração do Pai com
a verdadeira adoração, nos enchendo cada vez mais a ponto de transbordar, fluir
e demonstrar uma adoração extravagante. Cartas vivas ou lâmpadas o que for, desde
que seja por amor!