terça-feira, 28 de abril de 2015

"...e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer." Gênesis 11:6



"E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer."  Gênesis 11:6
Tive um sonho,e nesse sonho eu via um adolescente, e o Espírito de Deus falava ao meu coração: - Ele não é um ancião na fé, ele é um adolescente, não toma mais leitinho, não é mais uma criança, mas um jovem na fé. Logo percebi de quem se tratava, era a respeito de um irmão muito chegado. Mas ao mesmo tempo que o Senhor me revelava a idade espiritual desse irmão muito chegado, o Senhor me instruía a respeito do que ele deveria fazer para continuar amadurecendo no Espírito.
E meditando nisso lembrei da passagem em 1João que diz:
"... Jovens, escrevo-vos, porque vencestes o maligno..." 1 João 2:13
Os jovens na fé estão obtendo vitórias nas batalhas espirituais, mas ainda é necessário buscar mais maturidade, crescimento no Espírito. 
Deus formou o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e Ele nos chama de vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não nossa. E em várias passagens ele nos fala em amassar o vaso, e fazer outro, e é assim nossa vida na presença de Deus; um barro maleável, que sempre vai precisar do oleiro refazendo, restaurando. Um vaso de barro cheio do sopro de vida sempre será modelado por esse sopro de vida.
"...o meu cálice transborda." Salmos 23:5
A instrução espiritual para continuarmos crescendo é que precisamos então deixar de ter nossos olhos voltados para o nosso eu, ligados em nossos próprios umbigos e nossos próprios interesses, desejos, para voltarmos os nossos olhos para o outro. Ou seja, ouvir o outro, saber do interesse dele, dos seus anseios, e deixar que o Espírito te revele o coração do seu irmão, irmã, como um livro aberto. E fazer como na lição da torre de Babel, sendo eles egoístas, maus, falavam uma mesma língua, que era a língua de seus próprios interesses egocêntricos e gananciosos. 
Mas agora sendo libertos, devemos fazer como os da torre porém agora transportados do reino das trevas, para o reino do filho do seu amor, deixando o nosso ponto de vista, os nossos interesses e passando a observar o outro, seus interesses. Não olhando-o como alguém que por não ter seu conhecimento e maturidade espiritual, possa ser uma pessoa desprezível, pois isso soa como altivez de espírito, mas olhando-o com olhos de amor e misericórdia, sabendo da condição de miséria que todos nós da raça humana vivemos.
O Espírito Santo de Deus não deixou essa passagem da torre por acaso, mas nos dá uma grande lição:
"...e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer."  Gênesis 11:6
Se antes nas trevas o povo falando uma mesma língua não haveria restrição para TUDO que intentassem fazer, quanto maior glória não teríamos se na maravilhosa luz pudermos alcançar esse nível de compreensão! 
Ah mas isso é muito difícil, porque ninguém vai querer "falar a mesma língua comigo"! Então que sejamos cada um de nós que temos hoje nossos olhos abertos para essa instrução, que sejamos nós a falar a mesma língua do outro, porém pautados no temor do Senhor que é o princípio da sabedoria.
E mais uma vez o Espírito Santo nos revela uma grande lição nessa história de Babel, porque assim surgiram várias línguas, e a construção da torre foi interrompida. Mas sabemos que hoje um homem e uma mulher para falar outro idioma, ele precisa deixar sua língua materna, seus símbolos, sinais, e etc para aprender com outrem a língua de seu interesse. A pessoa não apenas aprende o idioma, mas aprende sua cultura, seus costumes e etc. E que sejamos como crianças no reino aprendendo a falar outra língua, porém sabendo que pergrinos somos nessa terra estranha, mas bem sabemos o nosso lugar, as nossas raízes, raízes estendidas por toda a terra, de uma árvore, a árvore da vida. 
O Espírito Santo nos instrui que somente a humildade, o abrir mão do ego, nos leva a continuar uma construção que nos leva alto. É abrir mão do nosso olhar, em função de um outro olhar que nos leva mais além, nos leva aos céus. É deixar um pouco de lado o nosso ego, esvaziarmos de nós para tomarmos menos espaço, e dar espaço para a voz do outro. Senão como numa brincadeira de criança chamada cabo de guerra, puxamos de um lado e o adversário do outro, não chegamos a lugar nenhum. E se insistirmos em puxar o "cabo de guerra" vamos continuar sendo jovens, vencendo o maligno, mas sendo derrotados pelo nosso maior desafio, nosso EGO. 
Muitos de nós quando conhecemos Jesus, uma vida em santidade, ficamos meio altivos pensando que o mundo não sabe de nada e já está condenado, as vezes usamos a bíblia para ferir e condenar o pecado do outro, e esquecemos que a bíblia é a palavra de Deus e restaura a alma, sara as feridas. 
"...A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma..." Salmos 19:7
As vezes esquecemos que não somos do mundo, mas vivemos nele, segundo o rei Salomão as regras são para os justos e os injustos, o sol nasce para os justos e para os injustos. O mal sucede para todos, tanto para justos como para os injustos. 
"Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento."  Eclesiastes 9:2
Sendo assim precisamos ir até onde o outro se encontra, respeitá-lo, amá-lo e agirmos de misericórdia, para não sermos vistos como altivos e estranhos, e assim, falando a língua do outro, dando ouvidos a ele, respeitando, podermos então ser compreendidos, e colhermos o que semeamos: respeito, dignidade e amor, e assim refletirmos a glória de Cristo em nós. Não como Babel que queria refletir sua própria glória, mas como vasos de barro contendo um tesouro, que é a excelência de Cristo. 
E assim refletindo a glória de Cristo ganharmos nossos irmãos e irmãs, e a partir daí, deixarmos de ser jovens na fé, para sermos pais na fé. Gerarmos vidas também que sejam vasos de barros porém trazendo em si a excelência de Cristo Jesus, a glória e o fogo, ou talvez revestidos de ouro para servir o vinho, o vinho que alegra o coração do Rei dos reis.  


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