terça-feira, 13 de setembro de 2011

“... Já lavei os meus pés; como os tornarei a sujar?” Cânticos 5 3


         “... Já lavei os meus pés; como os tornarei a sujar?”   Cânticos  5  3
Deus estava irado com o povo de Israel porque eles eram povo de dura  cerviz, isso quer dizer que eram rebeldes e não se prostravam diante da grandeza do Deus o Todo poderoso.Sendo assim disse a Moisés que não estariam com eles no deserto, mas que ia enviar um anjo. Moisés então clamou e disse: - não me faça subir deste lugar Senhor, se Tua presença não for comigo.
Israel prefigurava as nações e toda a humanidade, a Israel de Deus.
Moisés prefigurava Jesus por ser intercessor e por ter sido justificado pelo Eterno, ele se colocava entre o povo rebelde e Deus; era um mediador.
Deus depois que mostrou a sua face pra Moisés, ordenou que ele fizesse novamente as tábuas da Lei, e ordenou também que se construíssem os Tabernáculos.  Os tabernáculos prefiguravam a sombra das asas do Senhor, o Espírito Santo, a presença da glória que nos envolve e nos encobre com nuvens.
As primeiras tábuas entregues a Moisés pelo Senhor contendo as ordenanças, mandamentos, foram quebradas por Moisés quando este viu que o povo estava caindo em idolatria, e o Senhor então manda Moisés fazer outras tábuas. As primeiras tábuas prefiguravam a lei de Moisés, falível, que com o tempo caiu no desuso, tornou-se nula pela caducidade. Por isso foram quebradas, porque nesse momento o Senhor queria nos mostrar que uma melhor aliança Ele faria com o povo que se chama pelo Seu nome.
Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.”  Hebreus 7:28
As tábuas que pela segunda vez o Senhor ordenou que Moisés fizesse novamente, prefigurou então a palavra do testemunho de que Jesus veio ao mundo, e pela fé todos foram então justificados. Porque as coisas que vimos no Antigo Testamento estavam á sombra das que haviam de vir. Essas tábuas representavam a aliança perpétua e perfeita, por isso foram colocadas dentro da Arca da Aliança juntamente com a vara de Arão que floresceu e o Maná, figuras do poder, da glória e dos sinais e maravilhas do Eterno. 
Hoje o homem é justificado pela graça, pela fé no Filho de Deus e através desse sacrifício podemos entrar diante da face do Eterno e buscar intimidade com o Pai.
Servos que recebem autoridade diante do Senhor, com o passar do tempo tem experiências suficientes para não serem acusados e condenados por qualquer artimanha do diabo, porque conhecem os princípios do mundo espiritual, tem autoridade para determinar ao inimigo que bata em retirada, sendo assim eles ficam como que protegidos pelo amor e zelo do Senhor. Andando como que debaixo da proteção do Senhor, como Israel no deserto que durante a noite andava junto deles uma coluna de fogo.
Mas em determinadas circunstâncias como seres humanos, na caminhada, no deserto, sendo já lavados e remidos no sangue, lavados e renovados pelo poder restaurador do Espírito Santo, nos vimos em situações em que exigem certas atitudes, atitudes essas que muitas vezes podem parecer estranhas, incoerentes para os mais rígidos. Fazem parte da nossa existência nessa terra, um exemplo disso na bíblia foi quando o rei Davi se apresentou diante do rei de Gate como doido:
E Davi considerou estas palavras no seu ânimo, e temeu muito diante de Aquis, rei de Gate.
Por isso se contrafez diante dos olhos deles, e fez-se como doido entre as suas mãos, e esgravatava nas portas de entrada, e deixava correr a saliva pela barba.
Então disse Aquis aos seus criados: Eis que bem vedes que este homem está louco; por que mo trouxestes a mim?
Faltam-me a mim doidos, para que trouxésseis a este para que fizesse doidices diante de mim? Há de entrar este na minha casa?      
                                               1 Samuel 21:12 a  15
O rei Davi fez isso por uma necessidade maior, talvez por um receio de morte, não por
desonestidade. A intenção aqui não é incentivar as pessoas á hipocrisia, mas a conhecer o Senhor na beleza da Sua santidade. Jesus nos ensinou sobre isso quando num gesto de humildade fora lavar o pés dos discípulos, Pedro disse que de maneira nenhuma o Senhor lavaria os pés dele, e o Senhor disse que ele não teria parte com Jesus. O Senhor nos ensina com isso que na nossa caminhada sempre precisamos rever nossos conceitos, posições diante dEle e humildade suficiente para sabermos que viemos do pó e ao pó voltaremos. E que vivendo circunstâncias parecidas com a do rei Davi, podemos contar com a infinita misericórdia, amor e bondade do Senhor, em nos guardar, nos livrar e nos orientar por caminhos retos, puros.
Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.
Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?
Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.
Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo.
Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça.
Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos.
 (João 13  5 a 10)
 - Se eu te não lavar, não tens parte comigo. o Senhor é quem nos purifica de toda injustiça, mas na caminhada como dantes no deserto, as vezes dependendo por onde caminhamos, precisamos lavar nossos pés.
Jesus uma vez disse: - Não oro para tirá-los do mundo, mas para livrá-los do mal. Não somos do mundo, mas vivemos nele e muitas vezes por isso precisamos sempre do lavar purificador do Espírito Santo. Quando nos vimos em situações complexas, a reação dos que se refugiam no Senhor é esconder debaixo das sombras de tuas asas, ou na fenda da rocha, esperando assim, uma solução vinda dos Céus. E essa resposta vem dos Céus com fogo, com glória, e com o fluir das águas de um rio que desce do trono, assim devemos então nos entregar a Ele como a entrega do corpo flutuando nesse rio, deixando a correnteza levar, mudando assim seu centro de gravidade tornando assim tudo mais leve e suave, como o fluir de águas tranquilas.
Estes servos são como o servo de orelha furada, quando o escravo hebreu era comprado pelo seu senhor e este servia durante seis anos, no sétimo este deveria receber sua liberdade. Mas o servo que porventura recebia sua liberdade e não tinha intenção de deixar seu senhor, ele então deveria declarar ao seu senhor que não tinha intenção de ir embora e seu senhor então furava sua orelha numa sovela.
“Mas se aquele servo expressamente disser: Eu amo a meu senhor, e a minha mulher, e a meus filhos; não quero sair livre,
Então seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao umbral da porta, e seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre.” 
                                              ( Êxodo 21  5 e 6)
Assim se dá ao servo do Senhor, na medida que ele recebe autoridade, ele vai aprendendo os princípios do mundo espiritual, e não é qualquer acusação que o vence ou que dá legalidade ao inimigo de tocá-lo, assim o servo não serve mais o Senhor por ser cativo, ou por ter medo do inimigo  toca-lo e ou prejudica-lo. Na verdade o servo ficou livre do inimigo não poder tocá-lo, mas ficou cativo pelo amor, ficou com uma marca no coração. Este servo jamais deixaria o Senhor, jamais iria querer entristecê-lo e sempre que seu caminho não for o caminho que agrada seu Senhor, a disposição dele é sempre obedecer, custe o que custar.  O desejo do coração do servo é sempre tocar o coração do seu Senhor, tocar e mexer com esse coração, constrangê-lo. É algo que já está imprimido, que já está marcado á ferro e fogo.
Alguns momentos também acontece do noivo bater em sua porta, a porta do coração e sua noiva respondê-lo:
“Eu dormia, mas o meu coração velava; e eis a voz do meu amado que está batendo: abre-me, minha irmã, meu amor, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos das gotas da noite.
Já despi a minha roupa; como as tornarei a vestir? Já lavei os meus pés; como os tornarei a sujar?”  (Cânticos 5:  2 e 3)
Já lavei os meus pés, como os tornarei a sujar? Por amor de Ti Senhor eu o faço, mas somente por amor de Ti. Na caminhada árdua do deserto, na caminhada árdua desse mundo, nessa caminhada, nos passos dados de sandálias.

Que formosos são os teus passos dados de sandálias, ó filha do príncipe!... 
( Cânticos 7  1)
Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina!”   Isaías 52:7

Um comentário:

  1. Gostaria de apresentar o livro da Silvane Viana, com este e outros textos, lançado há poucos dias.

    Está à venda na Fnac on-line, e em várias livrarias. Se tiver 3 mil exemplares vendidos, o livro será traduzido para Espanhol e para Inglês.

    São lindos textos sobre a relação entre o ser humano e Deus:

    www.fnac.pt/Sedentos-Extravagantes-e-Insaciaveis-Adoradores-de-Deus-Silvane-Viana/a680869

    O facebook da autora ( podem adicionar ) : www.facebook.com/insaciaveis.adoradoresdeus

    Livraria no Brasil:

    www.livrariasaraiva.com.br/produto/4887013/?pac_id=120777

    Também na livraria Americana, em Leiria.

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