“Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.
Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados".
Isaías 53:2-5
Certamente diante dessa palavra sabemos que o Senhor levou realmente sobre si todas as nossas maldições.
Se observarmos a genealogia de Jesus podemos ver que desde Abraão onde começa a história dos antepassados de Jesus (pois foi para Abraão que foi feito a promessa de que todas as famílias na terra seriam benditas), podemos entender que teve muitos casos em que só mesmo uma interferência sobrenatural para tudo acontecer como tinha que ser, conforme foi prometido, conforme a história. Toda a história do início da humanidade, sempre dependeu de uma ação vinda do Céu.
Abraão sua esposa era estéril, gerou Isaque que também casou com esposa estéril, Isaque gerou Jacó que tinha fama de trapaceiro, mentiroso. Jacó gerou muitos filhos e filhas, mas foi da raiz de Judá que continuou a linhagem do Senhor, de Judá numa relação de nora com sogro, uma vez que Judá estava viúvo e Tamar também viúva, numa ousadia dessa mulher estrangeira, mas de muita fé, pois tinha ouvido falar do Deus Vivo, o Deus de Israel, o Deus que cumpre as promessas, mesmo que o homem ousasse ir contra o propósito, como no caso dela e sua história, nada pode frustrar os planos do Senhor na sua vida.
E geração vem e geração vai, nasceu Salmom, este se casou com Raabe a prostituta que escondeu os espias e isso foi visto como justo diante de Deus, deste casamento nasceu Boaz.
Boaz casou-se com Rute, essa também estrangeira no meio do povo judeu, viúva. De Rute nasceu Obede e de Obede nasceu Jessé pai de Davi.
Na vida de Davi podemos ver todo tipo de maldição, adultério, morte de filho, um filho que abusa de sua irmã, outro que se rebela contra o pai e assim por diante. Estes são os antepassados de Jesus.
E o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias (Mateus 1:6)
A bíblia deixa bem claro que essa mulher não era a mulher de Davi e sim de Urias, ou seja, Salomão era um filho bastardo.
Depois destes, gerações e mais gerações se passaram e com certeza cada uma com seu problema, com sua dificuldade, com seu comprometimento, com raízes de iniqüidade e com sua necessidade diante do Todo poderoso.
E de Davi até o cativeiro na babilônia foram 14 gerações sendo que neste período o envolvimento com rituais satânicos, idolatria e crenças em outros deuses foi mais intenso comprometendo assim as gerações futuras.
“De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para a babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para a babilônia até Cristo, catorze gerações.”
Mateus 1:17
E podemos então perceber que quando Adão caiu no Éden herdando assim maldição, fazendo com que até o solo herdasse com isso frutos de iniqüidade, já estava determinado que na desobediência de um; gerou maldição; mas na obediência de outro (Jesus), tudo isso seria quebrado de sobre a humanidade. Então o princípio para alcançarmos a vitória é a obediência, cumprir a boa, perfeita e agradável vontade do Senhor.
“Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo”. 1 Coríntios 15:22
Muitos após conhecerem ao Senhor e chamados à intimidade com o Pai, por vezes não entendem porque passam tantas dificuldades, porque passam tantas provações, uns vão para a cova dos leões, outros para a fornalha de fogo ardente sete vezes aquecidas, outros são preparadas forcas como nos tempos de Mardoqueu tio da rainha Ester; mas o que nos dá esperança, confiança é que, em todas essas provações somos mais que vencedores. Porque Ele se entregou fazendo-se maldito por nós e nos deu autoridade para pisarmos serpentes e escorpiões sem que nenhum mal nos aconteça. E na nossa caminhada então é determinado passarmos por caminhos duros, espinhosos, com pedregulhos, levando também sobre nós certa carga, para que na nossa obediência possamos quebrar as maldições hereditárias, arrancarmos as raízes de iniqüidade do nosso seio familiar. Passamos por provações e quando somos aprovados recebemos então o selo de autoridade contra aquele tipo de problema.
Na obediência dos servos de Jesus, feitos imagem e semelhança do que Ele suportou e viveu, ou seja, ao trilhar o caminho Dele, ao carregar sua cruz a cada dia e segui-lo indo após Ele, negando a si mesmo, podemos então receber com Ele a vitória sobre todo o principado e potestade. Se matarmos nossa vontade própria e vivermos a vontade do Senhor, estamos dessa maneira sendo treinados, capacitados para levar vida, salvação para outros que virão depois de nós e acima de tudo quebrarmos maldições através da nossa obediência.
“Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores”. Isaías 53:12
Podemos citar o exemplo da mulher de fluxo de sangue, ela passou muitos anos atrás de resultados, gastou tudo com médicos, doze anos com essa enfermidade, e muita dor, angústia, dificuldade.
“E eis que uma mulher que havia já doze anos padecia de um fluxo de sangue, chegando por detrás dele, tocou a orla de sua roupa;”
Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua veste. “Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei”.
Marcos 5:25 -28
Ela foi ao encontro de Jesus, e tocou em suas vestes, se prostrou, se humilhou, e extraiu poder, virtude, porque ela sabia que se apenas tocasse, sabia do que Ele era capaz de fazer, então tocou e saiu poder!!!
Enquanto ela procurou outros recursos, ela não obteve o queria, não alcançou a benção, a cura. Enquanto correu atrás de outras pessoas que a curasse, não foi curada, doze anos correndo atrás de médicos para ser curada, mas só alcançou a cura quando enfim, entendeu que a cura só poderia ser realizada pelo Médico dos médicos.
Hoje ainda acontece muito isso, pessoas correm pra lá e pra cá, vão atrás da oração do outro para serem curados, sabendo que só vamos ser curados quando nos prostrarmos, quando nos lançarmos aos pés, quando apenas nos rendermos em prosseguir em conhecer o Senhor.
“Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra”. Oséias 6:3
Então basta apenas entrarmos no quarto, fechar a porta, ouvir um louvor e adorá-lo, prostrar, orar, clamar, que Ele vem ao nosso encontro.
Ele vem de encontro às nossas necessidades, Ele não resiste a um coração quebrantado, Ele ouve o clamor dos nossos corações. E antes mesmo que nossas palavras chegarem á boca, Ele já conhece nossas necessidades.
E quantos de nós estamos espalhados pelo mundo, procurando a cura da nossa alma, correndo atrás de homens, profetas, entregando nossos recursos para outrem, e não conseguimos alcançar a cura. Quantos estão esvaindo em sangue, sangue esse de feridas abertas, feridas nas nossas emoções, mágoas, ódios, separados dos outros, vendo sua vida escorrendo pelos dedos. Ferida aberta dentro do mais interior, ninguém vê, mas elas estão ali, sangrando, como aquela mulher.
Pelo mundo sabemos que as pessoas estão sob um jugo que nem sabem como e quando foi colocado sobre seus ombros, jugo dos traumas, jugo de rejeição, do desamor, do individualismo, do egoísmo e tantos mais, jugos esses que abrem feridas que sangram, purulentas, e que tentamos curar com paliativos, mas daí um tempo voltam a sangrar. Aquela mulher só alcançou sua libertação e cura através de um gesto simples, o de se prostrar aos pés. E sabemos com isso que se também nos prostrarmos e tocar em suas vestes vamos extrair poder, nos libertar, nos curar, tamponar o sangue da nossa alma.
Tocar aquele que levou sobre si as nossas dores, nossas enfermidades, nossas maldições, o castigo que nos trás a paz estava sobre Ele. Aquele que deu sua vida por amor de muitos, e por esse amor venceu a morte.
" ...porque o amor é forte como a morte..." Cânticos 8:6
E exatamente porque de Abraão até Davi foram quatorze gerações, de Davi até o exílio babilônico quatorze gerações, e do exílio babilônico mais quatorze gerações até Jesus, todas essas vieram sobre seu ombro, com suas maldições, para que Ele as levasse sobre si, depois fosse colocado no madeiro, pregado com pregos, para que com esse gesto Ele pregasse nossas maldições todas e morresse levando-as ao sheol, levando-as para o mais profundo inferno, ao mesmo tempo junto com Ele levando a luz para esses problemas, e depois disso, saindo com vida, ressurreto. Daí a expressão levou cativo, preso, pregado no madeiro, o cativeiro. Cumprindo assim o que a Palavra nos diz em Eclesiastes:
“As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos, bem fixados pelos mestres das assembléias, que nos foram dadas pelo único Pastor. Eclesiastes 12:11
A palavra nesse gesto da cruz já foi dada, como prego, bem fixado, dado pelo Único pastor. Quebrou as portas de bronze, despedaçou os ferrolhos, despedaçou o jugo, se fez maldito, venceu, e nos trouxe a paz. E agora Ele nos chama de amigo, porque os servos não sabem o que fazem o seu senhor, mas aos amigos é dado conhecer todos os segredos do coração, toda a revelação, e também aos amigos é dado conhecer o amor, os planos do coração do Pai. E mais uma vez...
“Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra”. Oséias 6:3
Conheçamos e prossigamos, com a ligeireza da corça, com os pés apressados, se possível como Ele faz, saltando pelos montes, indo aos altos para buscá-lo, mas se assim não for, que então nos prostremos, indo parar num lugar que o mais alto é a posição de rastejar aos pés, mas o que importa é O alcançarmos, e tocá-lo num gesto apenas, tocar o coração do Pai e extrair poder, constrangê-lo, estremecê-lo de amor. E declarar com esse amor preso, fixado no peito, como sentença coligida que não volta atrás:
- Eu te amo Senhor, eu te amo!
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